Tenho um cavalo preto Por nome de ventania Um laço de doze braças No couro de uma novilha Tenho um cachorro bragado Que é pra minha companhia Sou um caboclo folgado Ai Eu não tenho família
No lombo do meu cavalo Eu viajo o dia inteiro Vou dum estado pro outro Eu não tenho paradeiro Quem quiser ser meu patrão Me ofereça mais dinheiro Eu sou muito conhecido Por esse Brasil inteiro
Tenho uma capa gaúcha Que eu troquei com um boi carreiro Tenho dois pelegos grandes Que é pura lã de carneiro Um me serve de colchão E outro de travesseiro Com minha capa gaúcha Eu me cubro o corpo inteiro
Adeus que eu já vou partindo Vou pousar noutra cidade Depois de manhã bem cedo Quero estar em Piedade Deus me deus esse destino E muita felicidade Quando eu passo com o meu pingo Deixo um rastro de saudade
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Tenho um cavalo preto
Por nome de ventania
Um laço de doze braças
No couro de uma novilha
Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Sou um caboclo folgado
Ai Eu não tenho família
No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou dum estado pro outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
Por esse Brasil inteiro
Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei com um boi carreiro
Tenho dois pelegos grandes
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão
E outro de travesseiro
Com minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro
Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de manhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deus esse destino
E muita felicidade
Quando eu passo com o meu pingo
Deixo um rastro de saudade
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